quarta-feira, 17 de julho de 2013

Os Gigantes de Ron Mueck na Fondation Cartier pour L'Art Contemporaine.


A Fondation Cartier pour L'Art Contemporaine, em Paris, tem, até ao final de Setembro deste ano - desde 16 de Abril até 29 de Setembro -  patente a exposição a solo dos trabalhos do escultor hiperrealista Ron Mueck. Esta exposição mostra as seis últimas esculturas do artista, três delas concebidas especialmente para este evento.







                                                                         






Trata-se da maior exposição de Ron Mueck na Europa, desde 2005, também na Fondation Cartier, a qual foi, na altura amplamente aclamada e admirada. São raras as exposições do escultor, até porque, em 40 anos de carreira, o escultor produziu apenas pouco mais de 30 obras. Talvez porque o preciosismo, a minúcia cirúrgica, a exigência, o perfeccionismo em conseguir uma aproximação do que é Real, assim o exija.







"Making Of de L'Exposition", Fondation Cartier pour L'Art Contemporain, 2013.











Mas bastaria uma única escultura sua, para tomarmos consciência do valor e qualidade do seu trabalho, e questionar-mo-nos de como é possível alguém conseguir estar tão próximo dessa "coisa inatingível", que é a Perfeição. Certo será que os Humanos que representa não são perfeitos, mas a forma como Mueck nos apresenta, é-o, concerteza. Não nos apraz, sequer, elaborar um longo discurso acerca dos seus "gigantes", pois vê-los, estar perto deles, é o suficiente.




Foi em 1996, que Ron Mueck, incentivado pela sua sogra, a pintora portuguesa Paula Rego, começou a produzir as suas esculturas hiperrealistas, primeiro em pequenas dimensões, passando depois, para grandes escalas.




Ron Mueck: o "maior escultor vivo". É desta forma referênciado, e essa adjectivação é dificilmente - muito dificilmente - refutável.




Nascido na Austrália, em Melbourne, 1958, Mueck trabalha actualmente em Inglaterra. A sua carreira teve início no fabrico de marionetas e de protótipos/modelos para filmes de animação, passando pela criação de uma companhia que trabalhava para a Publicidade. Seguiu o Movimento Hiperrealista, sendo não só um dos seus mentores, como o seu maior representante, na área da Escultura. A sua obra é gigantesca: não só as peças que cria o são, factualmente, pelas suas dimensões - algumas esculturas chegam aos cinco metros de altura.



As esculturas de Ron Mueck descrevem o mundo real, e as personagens reais que dele fazem parte, com um perfeccionismo e aproximação do Real absolutamente inquestionável.



Mueck cria lentamente os seus "gigantes", num processo de criação artística, que vai tomando forma paulatinamente, durante meses, até que o resultado final, admirável, esteja concluído.



Com o patrocínio da Fondation Cartier pour L'Art Contemporaine, foi elaborado um vídeo, realizado e filmado por Gautier Deblonde, que nos dá a conhecer o ambiente e o processo criativo envolvidos na concepção das três esculturas criadas por Mueck, especificamente para a exposição.



Em Abril, o realizador David Lynch conheceu Ron Mueck, no contexto da elaboração da exposição, e realizou, também, um filme, no qual documenta e nos descreve um "tour" pela exposição de Mueck.





"Couple Under An Umbrella", 2013. Criado para a Exposição.
            




"Women With Sticks", 2009
                       




"Women With Shopping", 2013 .Criado para a Exposição.
        




Sem nome. Criado para a Exposição, 2013
                                                                             




"Drift", 2009







"Mask II", 2001
    







"Still Life: Ron Mueck At Work", realizado por Gautier Deblonde.






        



                             
                             
  "David Lynch Meets Ron Mueck on The Fondation Cartier", realizado por David Lynch.                             









        
Outras esculturas de Mueck:





                                                                         




                                                                    




                                                                    




                                                                             




                                                                           




                                                                                                                        






Mais uma vez, o Belo.



Obrigada.
                               

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